Quando crianças, sonhamos muitas coisas...
Permitimos a nossos sonhos todo tipo de extraordinariedade : voar, lutar, falar com animais, ter super poderes...
Eu, sempre gostei de água. Acho que dos quatro elementos, esse é o meu!
Os desenhos e programas que mais me fascinavam eram Ariel, Aquaman,
Glub Glub... Está aí, meu sonho: respirar debaixo d'água!
Crescemos e, às vezes, com muito cuidado, alguns
conseguem manter viva parte da criança que um dia fomos, bem como seus
extraordinários sonhos. Creio ser uma desses afortunados...
Respirar debaixo d'água...
Hoje eu entendo muito mais sobre esse meu desejo, sobre minha atração à
água e, talvez, eu entenda e deslumbre muito mais nos anos por vir. E
uma dessas luzes me veio agora - a razão de gostar, querer e buscar
estar submersa: "Feels like home!" (dá -me a sensação de estar em
casa!).
Submersa
Longe do que me rodeia
Onde os sons somem
Ganham novos formatos
E significados
Submersa
Ali, nada me aflige
Silencio,
Enxergo,
E respiro diferente...
Percebo meu ar
O que me mantém viva
E me sinto, ainda assim,
Dependendo de tão pouco
e contraditoriamente, tão segura
Submersa
Sinto-me envolta
Abraçada
Equilibrada
Tudo se torna mais leve
Tomo a proporção do que aguento
Do que o meu pulmão suporta
Do real tamanho de tudo
que contenho
E quão maior, tudo aquilo que me contém
Submersa
Enxergo melhor
Me ausento
Para outro planeta
Em que, ainda que com grande cuidado e percepção do impacto dos meus movimentos
Não esqueço do tempo
Nem do ar que preciso
Submersa
Hoje submergi
Ali embaixo não teve espaço para solidão
Nem para lágrima
Nem chuva
Nem tempestade
Só coube a sensação
De me unir a Algo maior que eu
Submersa
Ali pertenço
Ali encontro
Ali eu sonho
E respiro
Como a criança que um dia
Tão frágil fui
Criada
Concebida,
E protegida
Onde aprendeu a sonhar
Ao sonho que lhe pertencia.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
l-AI-ght
Assim
como nossos olhos se acostumam com a penumbra, às vezes, nos
acostumamos com o que não deveríamos. Não apenas pelo fato de que nos
toma a visão, mas também porque depois nos fará crer que a luz é
incômoda.
Acender a luz, dói. Mas quem veio pra dormir?
Acender a luz, dói. Mas quem veio pra dormir?
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Mãechileira
Porque dos seus muitos 'mochilões', o à Londrina me rendeu a VIDA!
E você ainda diz que eu não te puxei em nada...
Você me ensinou a CAMINHAR - e nós duas sabemos o quanto já caminhamos - com sol, sob chuva, em meio a risos, em meio a choros, conversando, em silêncio...
Você me ensinou a pedir carona - afinal, sou filha de carioca ou não sou?! rs
Você me ensinou a escolher o caminho - o melhor caminho -, a persistir nele e a prestar atenção nos detalhes...
E tudo isso você me ensinou, no próprio caminho, caminhando comigo.
Em sua companhia, minha jornada sempre foi leve como a de quem sabe que a estrada leva para casa....
Então, OBRIGADA pelas inúmeras vezes em que carregou minha mochila durante caminho, sempre pronta e disposta a me firmar os passos e indicar a direção, me mostrando o mundo com aquele olhar surpreendente que extrapola o ordinário... Afinal, como já disse Fernando Pessoa, a vida é o que fazemos dela, as viagens são os viajantes e o que vemos não é o que vemos, senão o que somos! E você é extraordinária na minha vida!
Hoje faço minha mochila - e na minha rotina isso não é novidade - mas essa semana é diferente. Retorno para ficar com a minha companheira, para abraçar a mochileira que é minha inspiração e com quem aprendi a amar viajar! É dia das mães, é seu aniversário, mas todo retorno à sua companhia é por demais especial! Te amo, mãe!
E você ainda diz que eu não te puxei em nada...
Você me ensinou a CAMINHAR - e nós duas sabemos o quanto já caminhamos - com sol, sob chuva, em meio a risos, em meio a choros, conversando, em silêncio...
Você me ensinou a pedir carona - afinal, sou filha de carioca ou não sou?! rs
Você me ensinou a escolher o caminho - o melhor caminho -, a persistir nele e a prestar atenção nos detalhes...
E tudo isso você me ensinou, no próprio caminho, caminhando comigo.
Em sua companhia, minha jornada sempre foi leve como a de quem sabe que a estrada leva para casa....
Então, OBRIGADA pelas inúmeras vezes em que carregou minha mochila durante caminho, sempre pronta e disposta a me firmar os passos e indicar a direção, me mostrando o mundo com aquele olhar surpreendente que extrapola o ordinário... Afinal, como já disse Fernando Pessoa, a vida é o que fazemos dela, as viagens são os viajantes e o que vemos não é o que vemos, senão o que somos! E você é extraordinária na minha vida!
Hoje faço minha mochila - e na minha rotina isso não é novidade - mas essa semana é diferente. Retorno para ficar com a minha companheira, para abraçar a mochileira que é minha inspiração e com quem aprendi a amar viajar! É dia das mães, é seu aniversário, mas todo retorno à sua companhia é por demais especial! Te amo, mãe!
sábado, 3 de maio de 2014
Quando deixei o coração dizer
Tudo o que eu quero dizer
É que não está nada fácil
Não mesmo.
Então, abri uma fresta
Pro ar entrar
Pro som se ouvir
Pra emoção sair...
Mas saindo,
Mesmo assim, ficou.
A parte que foi, falou:
Quisera eu que o meu silêncio te invadisse
Desconfundisse tudo o que disse
ou quis dizer.
Quisera eu que se desfizesse
O que relembro
Noite a dentro
E me faz saltitar no peito
Apertado
Os desejos
que confundem
Quisera eu
Sim, eu quis.
Depois, não quis.
E não querendo, tive,
E retive por um tempo
E já, então, não sei...
Quisera eu
Mais uma vez
Um pouco mais sóbrio
Um pouco mais tátil
Um pouco mais próximo
Um tanto consciente
Mais verdadeiro e convincente
Quisera eu que você visse
Que o simples estar
Já é suficiente.
E o que eu quis foi pouco
E o que eu quero é simples
E o que eu tenho é o que sou
E é perto disso, que a parte restou, falou:
Pode fechar a fresta
Não contesta
Que se, à porta, bater
Abrir-se-vos-á
Mas se não vir.
Assim mesmo ficará.
É que não está nada fácil
Não mesmo.
Então, abri uma fresta
Pro ar entrar
Pro som se ouvir
Pra emoção sair...
Mas saindo,
Mesmo assim, ficou.
A parte que foi, falou:
Quisera eu que o meu silêncio te invadisse
Desconfundisse tudo o que disse
ou quis dizer.
Quisera eu que se desfizesse
O que relembro
Noite a dentro
E me faz saltitar no peito
Apertado
Os desejos
que confundem
Quisera eu
Sim, eu quis.
Depois, não quis.
E não querendo, tive,
E retive por um tempo
E já, então, não sei...
Quisera eu
Mais uma vez
Um pouco mais sóbrio
Um pouco mais tátil
Um pouco mais próximo
Um tanto consciente
Mais verdadeiro e convincente
Quisera eu que você visse
Que o simples estar
Já é suficiente.
E o que eu quis foi pouco
E o que eu quero é simples
E o que eu tenho é o que sou
E é perto disso, que a parte restou, falou:
Pode fechar a fresta
Não contesta
Que se, à porta, bater
Abrir-se-vos-á
Mas se não vir.
Assim mesmo ficará.
Quer saber seu presente?
Às vezes, agimos como crianças
Daquelas que querem descobrir qual presente os pais compraram.
Sabe?
Quando ia até fuçar nos armários de casa...
E sobe armário, desce de armário,
Revista as gavetas,
Procura indícios, provas, rastros...
Será que receberei o que pedi?
O que será que será?
Essa semana um pensamento interessante me veio à cabeça, essa analogia.
Desde que comecei a caminhada de viver um dia por vez,
Tenho experimentado o presente de cada dia
como uma criança que não só não sabia o que ia ganhar,
Mas que também não procurou saber
E mais, com todo o extraordinário da existência de uma figura como o Papai Noel,
um Coelhinho e uma Fada dos Dentes:
tendo apresentado seu pedido, mas encantada não pelo que receberá,
Mas por Aquele que proverá...
E só porque é legal a magia de colocar ali
Na meia, a cartinha
E esperar
Ou seguir cada passo do Coelho
E ficar curioso, deixando-se descobrir aos poucos...
Ou separar o dente que caiu abaixo do travesseiro
E simplesmente descansar feliz...
Sonhar...
Sabe, frustrações só existem para expectativas equivocadas,
Esperanças desorientadas...
Calma! Pra que a pressa?
Já não tem tudo do que precisa?
Faz diferença saber o que receberá antes da hora?
Faz diferença ter ou não presente?
Receber ou não o que se deseja?
Daí, você fica com aquela cara nada natural
De quem já havia descoberto o que ganharia no dia anterior...
Quando chega a hora certa, o presente perde um pouco a Graça...
E sim, existem expectativas não frustrantes.
Tendo os olhos fixos e o coração voltado
Para o carinho dos pais que prepararam aquele momento especialmente pra você
Para a certeza de que o dia seguinte terá alegrias
E elas não estarão no presente...
Mas em saber que são as mãos de Quem o entrega
As mesmas mãos de Quem faz infinitamente mais do que pedimos ou pensamos ou imaginamos...
E nos ama.
Então, deixar-se encantar por esse amor...
Só assim, tudo fica completo.
Às vezes, basta parar de procurar.
Está perto.
No momento certo,
Receberá.
E não há de lhe faltar absolutamente NADA.
Como, veja...
Já não falta!
E o mais legal, é que, envoltos nessa realidade,
O extraordinário realmente existe!
O Papai Noel, a Fada, o Coelho...
É tão vivo como sentir estremecido o rugido de um Leão.
Que meus queridos e amados descubram esse caminho para Nárnia
Que eu encontrei
Sem precisar escalar armário ou revistar gavetas
Aqui se chega, porque pra cá fomos conduzidos!
Aqui nossos olhos são surpreendidos...
Deixe-se surpreender-se!
Daquelas que querem descobrir qual presente os pais compraram.
Sabe?
Quando ia até fuçar nos armários de casa...
E sobe armário, desce de armário,
Revista as gavetas,
Procura indícios, provas, rastros...
Será que receberei o que pedi?
O que será que será?
Essa semana um pensamento interessante me veio à cabeça, essa analogia.
Desde que comecei a caminhada de viver um dia por vez,
Tenho experimentado o presente de cada dia
como uma criança que não só não sabia o que ia ganhar,
Mas que também não procurou saber
E mais, com todo o extraordinário da existência de uma figura como o Papai Noel,
um Coelhinho e uma Fada dos Dentes:
tendo apresentado seu pedido, mas encantada não pelo que receberá,
Mas por Aquele que proverá...
E só porque é legal a magia de colocar ali
Na meia, a cartinha
E esperar
Ou seguir cada passo do Coelho
E ficar curioso, deixando-se descobrir aos poucos...
Ou separar o dente que caiu abaixo do travesseiro
E simplesmente descansar feliz...
Sonhar...
Sabe, frustrações só existem para expectativas equivocadas,
Esperanças desorientadas...
Calma! Pra que a pressa?
Já não tem tudo do que precisa?
Faz diferença saber o que receberá antes da hora?
Faz diferença ter ou não presente?
Receber ou não o que se deseja?
Daí, você fica com aquela cara nada natural
Quando chega a hora certa, o presente perde um pouco a Graça...
E sim, existem expectativas não frustrantes.
Tendo os olhos fixos e o coração voltado
Para o carinho dos pais que prepararam aquele momento especialmente pra você
Para a certeza de que o dia seguinte terá alegrias
E elas não estarão no presente...
Mas em saber que são as mãos de Quem o entrega
As mesmas mãos de Quem faz infinitamente mais do que pedimos ou pensamos ou imaginamos...
E nos ama.
Então, deixar-se encantar por esse amor...
Só assim, tudo fica completo.
Às vezes, basta parar de procurar.
Está perto.
No momento certo,
Receberá.
E não há de lhe faltar absolutamente NADA.
Como, veja...
Já não falta!
E o mais legal, é que, envoltos nessa realidade,
O extraordinário realmente existe!
O Papai Noel, a Fada, o Coelho...
É tão vivo como sentir estremecido o rugido de um Leão.
Que meus queridos e amados descubram esse caminho para Nárnia
Que eu encontrei
Sem precisar escalar armário ou revistar gavetas
Aqui se chega, porque pra cá fomos conduzidos!
Aqui nossos olhos são surpreendidos...
Deixe-se surpreender-se!
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