Aos meus pais,
Certa vez ouvi dizer que um dos
melhores ensinamentos que um pai pode dar a seus filhos é amar a mãe deles.
Hoje vocês completam 39 anos de casados. Que orgulho, que exemplo... Reflete em
minha vida um desafio de seguir os mesmos passos, e a esperança de que com Deus
é possível, mesmo em meio a um mundo em caos. Nossa família não é melhor que a
de ninguém, não é mesmo?! Sabemos que foi a graça e a misericórdia de Deus
derramada diariamente que conservou esse casamento e a nossa família, pois foi
como aprouve ao Senhor fazer.
Com vocês aprendi que amar é mais
que romance, é mais do mostram os filmes ou do que falam os livros. É
joelho no chão, é tudo ao mesmo tempo: personalidades em confronto, filhos,
refeições, planejamento, conversas – e quantas conversas! eita família
faladeira :P. É apesar dos defeitos, enxergar o outro necessitando do mesmo
perdão que você. É em meio a eventos, agendas e compromissos, tomar o café
junto, se preocupar com os filhos juntos, resolver os problemas juntos, conversar
juntos, planejar juntos, viajar e sonhar juntos.
Tudo isso é muito bonito, mas
mais incrível é pensar que Deus uniu vocês de uma maneira assombrosamente maravilhosa;
geograficamente tão longe, Ele preparou o encontro de vocês dois, e colocou nos seus corações o desejo de, acima de qualquer coisa que é possível
construir em nossa vida terrena, estabelecer um lar cristão.
Minha oração, além de
agradecimento pelo privilégio de conhecer vocês, fazer parte e ser fruto dessa
história – que dá de dez a zero em qualquer roteiro e script humano – é que minha vida seja de extrema honra, obediência
e felicidade a vocês.
Obrigada, pai, por amar minha
mãezinha, por chama-la de Fofinha, mesmo quando ela perde a chave ou esquece de
fazer algo das mil e uma tarefas que você lista para ela. Obrigada por
lutar e batalhar tanto pelo nosso lar, por nossa educação e, do seu jeito simples e complicado ao mesmo tempo de ser, ensinar a mim e aos meus irmãos como andar se diminuindo
perante o Pai.
Obrigada, mãe, por amar meu paizinho, por me
ensinar a amá-lo do jeitinho que ele é, fofinho, com sua agitação, suas manias,
e mesmo quando ele faz mil perguntas ou entende tudo errado enquanto divide sua
atenção comendo melancia ou polcan no quintal de casa à porta da cozinha.
Obrigada por amar tanto a gente, abrir mão de si mesma e nos ensinar a servir
por amor ao outro.
Amo vocês. Mas isso não resume,
nem demonstra o que sinto. Falo por convenção. Por isso, peço a Deus que me
ajude a reproduzir tudo isso em minha vida como uma linda canção e, no fim,
poder dedica-la a vocês.
Um beijo sabor jabuticaba de
alguém que muito os admira, conhecendo-os bem de perto.
Alê