Sempre relacionei muito minha
pequena compreensão sobre Deus com a Natureza, com a Criação. Os céus me dão a
real proporção do meu tamanho perante Sua grandeza. O mar me traz uma imensa
paz, me faz confiar, me leva a descansar. Quando penso sobre o coração de Deus,
no amor inigualável, inexplicável e inexprimível Dele por mim, penso no Sol que
nos aquece, como em um dia frio desses que tivemos nesta semana. Interessante
que “Sol”, em termos musicais, é a clave mais importante para referência de
notas em composições de lindas músicas, assim como quando caminhamos com Ele
como referência... perfeitas composições são percebidas... com o tempo, o
ritmo, a métrica e a melodia mais apropriados a mim.
Existe uma canção que diz “Magia que envolve segredos de um Grande
Amor nos fazem pensar que nossa liberdade é igual ao céu. Imensidão azul criada
pelos raios do Sol, protegida dos homens que não sabem admirar o contraste das
cores das nuvens ao entardecer [...] Hoje estou consciente da trilha que devo
seguir para encontrar o meu lugar. Não acabou, ela foi embora mas pode voltar,
falo da esperança e da fé.”. É de imensa alegria me sentir assim, centrada
em Deus, à disposição Dele, entregando-Lhe as minhas vontades e me esvaziando dos
meus desejos próprios, sonhando com Ele, deixando-O escrever a mais bela
história que pode ser realizada na minha vida e através dela.
Mas esse processo que vivo hoje
não começou de um dia para o outro. Tenho segredos com Deus, e às vezes me pego
até sorrindo pensando neles, conversando com Ele e lembrando de tudo que
caminhamos juntos. Observo como o Pai está a me moldar, estendendo sempre seu
cuidado sobre mim. E, então eu me desapego do que é, na verdade, passageiro.
Sinto e vivo minha cidadania celeste na minha rotina, em quem sou, no que faço.
Sei por que eu vivo. Minhas forças foram restauradas e, óbvio, pela alegria que
vem do Senhor.
Agora me resta a responsabilidade
de ser imitadora de Jesus, do impacto que crio na vida dos que olham para mim
como exemplo. Meu desejo e minha oração é que os – verdadeiros – cristãos e
irmãos entendam que os frutos aos quais Jesus se refere não são as coisas que
fazemos, muito menos o que temos, mas a manifestação da morada de Deus em nós.
Só assim exalamos Seu amor e refletimos Sua luz. Não de maneira ativa, mas
passiva, porque não cabe em nós – pequenos que somos! C.S. Lewis escreveu “Se o
interior de um homem não é conservado limpo e brilhante, o reflexo de Deus nele
será embaçado como a Lua vista por um telescópio sujo”. Que o Senhor nunca permita
que eu esqueça que tudo o que tenho, tudo o que sou e o que vier a ser vem
Dele!
Ah, mas querem saber como
experimentei tudo isso? Aprendendo a amar o Senhor mais que tudo, inclusive mais
do que a própria vida. Parece simples falar que Deus está em primeiro lugar em
nossa lista, mas me diga: se você perdesse tudo, perderia também a razão de
viver? Nenhuma alegria incompleta da minha cidadania terrena responde melhor a
razão do meu viver do que a vida em Deus com Jesus Cristo encantada pelo mover
do Espirito Santo.
E como termina a canção citada no
início do texto, posso afirmar “até em um
deserto posso sobreviver, pois hoje encontrei minha paz”. Que, assim, o
Reino de Deus se manifeste através de nós aquecendo outras vidas!
Tudo que preciso é de Sol, só Dele, desse Sol de Deus e tudo ganha a
tonalidade certa tanto no céu que Ele desenha quanto na música que Ele compõe na
minha vida.
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