segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Versada

Não sou o que faço
Mas sou pobre poeta
Fácil me desfaço
Mais fácil atinjo a meta

Amiga é a brisa
Que vem e me revela
Alguns tentam
Mas eu me sustento
Nos sustenido da janela
Da qual o mundo espera

Alegro-me quando faz sol
Faço café quando faz chuva
Saudosa abraço a neve
Carente sento à areia
Leve, deito na grama
Firme, eu calço tenis
No concreto, desenho um sorriso depois da amarelinha
A criança ri e eu sigo contente

Viu só?
Não faço propagando
Só falo com esperança
De encontrar mais gente
Do lado de cá
Nessa vida de poema
A vida é mansa
Ainda que na cidade
A prosa não me ganha
Não me engana
Vêm-me um verso
Dobra-me ao peito
Me encanta e me acompanha

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