quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Eu até queria, de verdade.

Você já quis muito algo,
Algo que simplesmente parecia o plano perfeito
Que finalmente resolveria o quebra-cabeça
E, de repente, surge a resposta
Ali, na sua cara.
Você a encara.
E quer de todo jeito deixá-la ser
Deixá-la chegar como uma boa brisa
Em meio ao calor
Ser a solução

Daí, no segundo de aceitá-la
Tudo se desmascara
Você fica passada
Ideias surgem
Não é mais tão perfeito
O quebra-cabeça se desfaz em mil peças
Mais uma vez
Tudo recomeça
E a gente paralisa
Olhando os pedaços
Sem tristeza
Nem indignação
Só cara de interrogação
E você não consegue deixar ser
E em voz alta nega, ao que seria a chave do cadeado
Dá as costas
E anda para outra direção.

Fechando os olhos.
Por um tempo
Você não quer ver aquelas peças no chão,
Muito menos gastar tempo com aquilo que tão rapidamente se desfez.

Os passos se passam em câmera lenta
Não há uma palavra que traga alento
Sem saber para onde ir, a gente só caminha
E olhando o retrovisor, o coração aperta,
E duvida
Sem dúvidas de que o que se tem a fazer
É seguir

Não há arrependimento
Eu até queria, de verdade
Apenas "puxa, vida"

Era boa a intenção
Mas ficou pesado para mim


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