A montanha de roupas coloridas.
A música composta em outra língua no silêncio.
A crença de que a lua, de algum modo, me influencia.
Um e-mail pra se ler no futuro.
A contagem das calorias.
A pilha de livros a beira da cama.
Os equipamentos acumulados.
As malas vazias.
O cabelo que cai.
E o fio branco que aparece.
O par de sapato sem par.
Essas horas vazias.
Tudo indica que o tempo passa e tudo o que tenho é razão de alegria.
Mas em mim algo triste vai,
a mim algo escuro fica:
a vaidade de querer mais,
mesmo sabendo que nem a vida merecia.
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