terça-feira, 11 de março de 2014

Pro amar não se partir amargo







Tem gente tentando curar o coração
Com outro amor
Não vá se tratar assim, não se remenda
Não há pontos, agulhas, analgésicos
E, infelizmente, nem anestesia
Além do bom e difícil remédio
Composto por tempo, precisão e espera
Receitado a cada um de maneira particular

Senão , depois fica aí, doente
Todo descrente
De que no mundo
Se possa amar verdadeiramente

Coração doente cria chaga
Não cicatriza
Coisa amarga
De se ver
E ruim de se provar

Não lhe digo que não possa distrair-se
Com essas distrações que não nos traem
Mas não se atraia e se atrelasse numa dessas
Que a oportunidade expressa, se apressa
Passa e acontecendo, já se vai

Enquanto isso, a vida é livre
É livro, é sol, é mar
É violão, é canção
É lembrança e sonho bom
É o riso sozinho, o sorriso do amigo
É um filme de tarde, pipoca e chocolate
Poesia que acalenta e acalma o coração
E em paz no silêncio
Do tempo de espera
Tempo de hoje
Tempo preciso
Não se atropela
Pra que qualquer cura se torne completa

Agora, vai e vê
A vida é bela
E não cabe só tão somente no coração
Às vezes é por esta causa que ele se parta:
Para você também possa [re]partir.

Um comentário: