quinta-feira, 16 de julho de 2015

Undizível

Mesmo que eu faça poesia
O que há tempos não fazia
Não há o que se corrija
Não há o que se exija
Do mistério presente
Discrente da rima rimada
Da sílaba encaixada
Que eu produzi?

Algo me foge às rédeas
Algo me prova, reprova e faz média
Sem que eu pedisse
Alguém entendeu o que eu sempre disse
Ou quis dizer
Ou sou e quis ser

Esse meu estranho jeito de interpretar
De ver no desastre a esperança
De ver na dor, a alegria
Na limitação, o aprendizado
Fácil?
Não, amigo
Nunca disse isso
Mas sorrio e eu sei que incomoda o sorriso
A quem não entende
O que eu digo.

Talvez falta inocência
Talvez falta simplicidade
Talvez me foge a realidade
Talvez se não me encantasse com a novidade
De cada dia, de cada idade
Talvez eu finalize bem melhor cada fase...

Mas se não tem erro como saber do acerto?
Estou certa que o melhor é me calar
Viver, reler e aprimorar.




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