sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Oi?

 
Eu acho que o "oi" mais sincero é aquele "oi?", sabe?!
No "oi" normal, a gente só quer se apresentar, se mostrar presente.
O "oi?" é o outro querendo saber, entender você.
 
Existem pessoas "oi" e "oi?".
Aquelas que vão estar presentes na sua vida.
E aquelas que vão se interessar pela sua vida.
 
Eu, particularmente, me agrado com pessoas dos dois tipos.
As pessoas "oi" são convenientes a minha falta de [in]adequação a grupos.
É, muitos me fizeram crer que não, mas hoje eu sei que eu não sou uma pessoa sociável.
Pelo menos, não atualmente.
E pessoas "oi" são convenientes por isso: elas não vão se intrometer na minha vida, e eu vou poder ficar quieta no meu canto. Elas não vão querer saber o que eu to passando, pelo menos, não de verdade. Normalmente, só por curiosidade com um "O que é que aconteceu?", "Tudo bem?".
 
E, bem que esse texto poderia ser um "Tudo bem?" - mas não teria como me fazer entender por estas palavras, pois um "oi" pode ser um "Tudo bem?" e um "oi?" também. As pessoas podem perguntar isso querendo saber por curiosidade,  por papel de ajudador(a) ou porque realmente se interessam e  se preocupam.
 
As pessoas "oi?" incomodam.
E eu tendo a ser assim, principalmente com os que eu amo.
Eu me intrometo.
Eu não consigo amar alguém e não querer saber o que acontece no coração dela.
Quem ela é. Pelo que ela passa. No que minha relação com ela pode fazê-la melhor.
E, [in]felizmente, eu espero que sejam assim comigo.
Sei que há momentos e momentos, mas é só com o "oi?" que se pode demonstrar o interesse de um na vida do outro.
 
E eu acho que é exatamente pela falta de "oi?"s hoje que as pessoas se abrem e se expõem para qualquer "oi". Eu já cheguei no ponto de falar tudo que estava no meu coração para alguém que só me ofereceu um "oi". Mas isso machuca. Porque o outro não quer ver seu coração de verdade. Ele está sendo apenas conveniente. E eu ainda estou aprendendo - e tenho que aprender - a fazer isso com Quem mais quer tratar do meu coração. É difícil. A conversa não é fácil. E há sempre o medo de deixá-Lo me sondar - o que Ele vai querer mudar em mim? Mas é preciso.
 
E eu ainda preciso aprender a viver menos para mim e mais para os outros e dizer mais "oi?"s. Mas sou tão focada em mim... E tudo o que eu quero falar, às vezes, é "tchau".
 
Quando é hora de falar "tchau?"
Eu nunca sei.
 
 
Que Ele me ajude a eu não me fechar em mim mesma.
 

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