terça-feira, 30 de setembro de 2014

Root Route



Quão admiráveis as árvores
Mas não por isso as copio e me enraízo
Sou ser de pés
Anseio, sim, por solo firme
Porém, sendo assim, se faz pé feito
Perfeito
Nada agride
Não me esqueço
Tenho pés para ir
Não estou no mundo,
Aqui
Pra fugir
Partir
Pé ir
Nem sequer permanecer
- mas sim florescer -
Só Nele me firmo
[Minha] verdadeira Raiz



The Oak Tree
by Johnny Ray Ryder Jr.

A mighty wind blew night and day.
It stole the Oak Tree's leaves away.
Then snapped its boughs
and pulled its bark
until the Oak was tired and stark.

But still the Oak Tree held its ground
while other trees fell all around.
The weary wind gave up and spoke,
"How can you still be standing Oak?"

The Oak Tree said, I know that you
can break each branch of mine in two,
carry every leaf away,
shake my limbs and make me sway.

But I have roots stretched in the earth,
growing stronger since my birth.
You'll never touch them, for you see
they are the deepest part of me.

Until today, I wasn't sure
of just how much I could endure.
But now I've found with thanks to you,
I'm stronger than I ever knew.

Deus não está aí


(mandei muito na montagem kkk...)

 O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica.
1 Coríntios 8:1


"Morto" - ou não -, Ele é se chamou Amor.
Sejamos sábios, e isso só é possível temendo.
Não desperdicemos palavras em vão.
Sejamos, como Ele é.
Simples assim.
Sejamos.
Amemos.
[Amor].
Esse é o alvo.

Sobre "O problema com os filmes cristãos" por Andrew Barber

Quando nossos olhos se perdem

[texto iniciado em 2012]

Eu nem sei como começar...
Entre o título e essas primeiras frases, eu saí do computador e fui para uma reunião. Recebi uma notícia triste, uma morte na família de uma menina que trabalha comigo. Ela perdeu o irmão, ontem.
Então, com tudo o que já estava no meu coração para escrever, espero que as palavras que se seguem façam a diferença no seu dia, na sua semana, no seu fim de semana e na sua vida de alguma forma.

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O que te atrái?
O que te distrái?
Perceba sempre se a que os seus olhos se voltam não te trái.


Nesses últimos meses, escrevi bem menos. Estava bem mais ocupada e, portanto, foi um processo natural... Trabalho, pós, aulas particulares, programações e eventos importantes. Nesses momentos que valorizamos o bom descanso, as horas vagas, os fins de semanas e as tão esperadas férias - ou o  feriado mais próximo...

Interessante ver o quanto precisamos estar ocupados para valorizar o tempo livre. Em outras palavras,  o quanto precisamos perder ou sentir a falta para valorizar...



[continuação 2014]
Mas a verdade é que às vezes as coisas nos servem como efeitos dormentes. Nos afastam do que realmente é a vida, do que é viver, do essencial, da essência de ser o que se é, e fazer o que nos cabe. Eu me atraio por coisas boas, quem não?! Só que a partir de um momento, um simples instante, elas podem passar a ser distrações. Por mais que pertencentes ao "bom caminho", elas se tornam pequenas, leves traições ao que estou a fazer ou daquilo que estou destinada a ser.

É como se entorpecessem a nossa vista. Como revistas a distrair, como se tivéssemos tempo a "matar", sendo que cada momento é graça, é presente literalmente...

E aí, que lente inventar pra tudo isso verdadeiramente enxergar? Eu descobri uma verdadeira liberdade, em me negar... Mas tenho que o fazer todo dia antes de me levantar e acordar, sempre ainda correndo o risco de ao longo do dia me perder. E então peço sensibilidade, sabedoria, paz e calma, graça e perdão.

Quando meus olhos se perdem, me fecho em meu coração. Preciso refazer a faxina, extrair os desnecessários que se acumulam com a rotina para, então, conseguir seguir. Me encontrar. Sorrir. Com os olhos. E de coração.


E se não...

...acredito que meu mundo cairia - por alguns dias, talvez meses.
Questionaria tudo. Fugiria de tudo.
Mas retornaria ao ponto de partida. Como um filho ao pai após um tombo bem feio.

...sei que eu me desesperaria, deitaria no chão, clamaria, lamentaria.
Mas logo em pé estaria, secando a lágrima, recolhendo os cacos.

Tudo nessa vida é fugaz
É neblina
Se dissipa
E vai, sem querer mais

Que as coisas não se tornem barreiras
Que não haja limites
Que sempre vejas
Olhos meus,
Alma minha
Tudo o que teu Deus te deu
Cada gota, cada sopro
Cada ar, cada mar
Todo instante
Mesmo que só enxergue o que a vida lhes está a negar.



Expresso



Esse é um poema rápido
Só pra dizer que passei aqui
Só pra dar uma passada 
Passar ali no coador
Uma pequena lembrança 
De um pouco complicado amor
Uma dose de expresso
Pra tornar-te esperto
Pra manter-te acordado
Pra despertar-te ao próximo período
Sem trabalho
Sem cafeína
Só com um beijo singelo
Em que mesmo, fechando-se os olhos
Mantém-se o coração aberto.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Manual literário de conserto



Se eu passo e percebo
Que é rasgo, já teço
Um terço do tempo
Me perco a tecer

Se esparso, não caibo
Me derramo no espaço,
Na esfinge em Cairo
Só vivo e reparo
O que está a faltar

Há erros
Há medos
Veredas
Enredos
Consertos em espera
Receios de véspera



Olho a mesa
Nela, ferramentas
Borracha, agulha, cola e estruturas
Que maquete é a vida...
O que nela se constrói?
Minhas mãos tão perdidas
Tocam o bronze e corrói
- em corrida -
As histórias contidas
No que o tempo destrói

Ó, Marceneiro!
Venha cá, Escultor!
É preciso reparar os canteiros
Quero corrigir toda a dor

Ah, meu amigo
Meu ego escritor
Que redija e edite
- transforme -
Cada equívoco em Amor