Desculpe-me não saber escrever numa linha reta
Minha escrita nunca foi assim, direta
Irreverente, meu pensar só se faz presente
Quando se pode marcar em pausas o que sente
Se eu me fizesse em prosa
Seria-me como a rosa
Comum, e desafiadora
Difícil, afiada, entediante
Mas já que tenho escolha
E não sou comerciante
Suspendo e pendo meus pensamentos
Tanto aqui, e onde quiser, e me contento
Assim me entendo, mesmo que não me faça entender
Assim me escrevo, mesmo que não haja como compreender
Me faço só
Me vejo sã
Me empaca a voz
Minha gagueira é vã
Não, eu não sou prosa
Essa saga não me entrosa
Eu sou poema, poesia
Sigo sem hipocrisia
Sigo sem me importar com o que se diga
Jorro palavras e em cada verso se deriva
Uma ideia, há quem entenda
A minha fé, que não te ofenda
Externo a emoção, não frustro a dor
Falo o que sinto, com muito amor
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