terça-feira, 30 de setembro de 2014

Quando nossos olhos se perdem

[texto iniciado em 2012]

Eu nem sei como começar...
Entre o título e essas primeiras frases, eu saí do computador e fui para uma reunião. Recebi uma notícia triste, uma morte na família de uma menina que trabalha comigo. Ela perdeu o irmão, ontem.
Então, com tudo o que já estava no meu coração para escrever, espero que as palavras que se seguem façam a diferença no seu dia, na sua semana, no seu fim de semana e na sua vida de alguma forma.

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O que te atrái?
O que te distrái?
Perceba sempre se a que os seus olhos se voltam não te trái.


Nesses últimos meses, escrevi bem menos. Estava bem mais ocupada e, portanto, foi um processo natural... Trabalho, pós, aulas particulares, programações e eventos importantes. Nesses momentos que valorizamos o bom descanso, as horas vagas, os fins de semanas e as tão esperadas férias - ou o  feriado mais próximo...

Interessante ver o quanto precisamos estar ocupados para valorizar o tempo livre. Em outras palavras,  o quanto precisamos perder ou sentir a falta para valorizar...



[continuação 2014]
Mas a verdade é que às vezes as coisas nos servem como efeitos dormentes. Nos afastam do que realmente é a vida, do que é viver, do essencial, da essência de ser o que se é, e fazer o que nos cabe. Eu me atraio por coisas boas, quem não?! Só que a partir de um momento, um simples instante, elas podem passar a ser distrações. Por mais que pertencentes ao "bom caminho", elas se tornam pequenas, leves traições ao que estou a fazer ou daquilo que estou destinada a ser.

É como se entorpecessem a nossa vista. Como revistas a distrair, como se tivéssemos tempo a "matar", sendo que cada momento é graça, é presente literalmente...

E aí, que lente inventar pra tudo isso verdadeiramente enxergar? Eu descobri uma verdadeira liberdade, em me negar... Mas tenho que o fazer todo dia antes de me levantar e acordar, sempre ainda correndo o risco de ao longo do dia me perder. E então peço sensibilidade, sabedoria, paz e calma, graça e perdão.

Quando meus olhos se perdem, me fecho em meu coração. Preciso refazer a faxina, extrair os desnecessários que se acumulam com a rotina para, então, conseguir seguir. Me encontrar. Sorrir. Com os olhos. E de coração.


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