Se eu passo e percebo
Que é rasgo, já teço
Um terço do tempo
Me perco a tecer
Se esparso, não caibo
Me derramo no espaço,
Na esfinge em Cairo
Só vivo e reparo
O que está a faltar
Há erros
Há medos
Veredas
Enredos
Consertos em espera
Receios de véspera
Olho a mesa
Nela, ferramentas
Borracha, agulha, cola e estruturas
Que maquete é a vida...
O que nela se constrói?
Minhas mãos tão perdidas
Tocam o bronze e corrói
- em corrida -
As histórias contidas
No que o tempo destrói
Ó, Marceneiro!
Venha cá, Escultor!
É preciso reparar os canteiros
Quero corrigir toda a dor
Ah, meu amigo
Meu ego escritor
Que redija e edite
- transforme -
Cada equívoco em Amor
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