quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Saga solar

Raios de sol me queimam a pele
Ao mesmo tempo que, quentes, me aquecem
Inerte, me exponho, me expus e me estranho
Às marcas que o tempo vão me demarcar [e desses momentos vou sempre tomar]

Não sei se te espanto por baixo dos panos
Não há muito encanto ao me revelar
Mas o Sol transparece - mesmo nas vezes que a gente se esquece -
O que se traz no olhar...

E, aí, cada erro me faz desespero
Me escondo, me esqueço, do que vai se amostrar
Na tarde do dia, o raio solar

Pois que enxerguem e não vejam
E se virem, que pensam?
São marcas, são raios
São pesos e apertos
Se fizeram beijos
É saga solar


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