quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cochichos n[ã]o cochilo

Som de chuva
Vem me alentar
Na noite amarga
[noite em clara]
Vem me embalar

Me leve ao mar
Para eu amar
Me leve a rios
Sem qu'eu passe frio
Me traga o Sol
Com seu anzol
Me faça andar
À beira-mar

Onde eu ouça cascalhos,
Ranger de galhos
Me traga espantalhos
Sem que haja em mim medo
De despertar
Me traga os bons ventos
E as más tempestades
Para por quaisquer estações
Eu perpassar

Quero que chova no meu quintal
Regando as folhas, levando o sal
Não tenho medo do temporal
[é só conjugar, sem julgar, ou reclamar, no tempo certo, de modo oportuno]
Já fiz de tudo e não vejo mal...

Quando, por fim, eu acordar
De cada sonho, eu vou me lembrar
A cada gota vou recordar
Do que a noite a chuva me veio contar
[e os lugares por onde seus sussurros me fez caminhar...]


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