terça-feira, 2 de setembro de 2014

E outra vez, me fiz em versos

A verdade é que cada um é sozinho. E que tem gente com medo de ficar assim, quando na verdade, essa é a verdade... Esse é nosso estado.

É incrível como cada vez mais fica claro quem me conhece e quem não faz ideia de quem eu sou. Com tantas viagens, fotos legais e realizações que a maioria consideram "incomum" e "anormal", a quantidade de pessoas que ensaiam aproximar-se de mim é considerável...Atraídas e admiradas pelo que eu faço. Mas eu não sou o que eu faço...

Eu quero sim que se aproximem de mim, quero sim compartilhar cada pequena experiência extraordinária que eu tenho tido nas oportunidades que Deus permite eu viver, mas tem gente achando que eu sou isso... Acham que sou as viagens, os mergulho, aquelas fotos e só sorrisos...

Eu tenho histórias pra contar... Tenho lições pra repartir, cicatrizes de cada trilha que tomei... Tenho dúvidas que a própria caminhada me trouxe... Quem quer ouvi-las? Quem vai procurá-las dentro em mim nessa constante transformação de quem sou?

Tenho me tornado cada vez menos parecida com o que esperam que eu seja. Quero cada vez menos ser como todos tem sido.Tenho feito esforços pra manter viva em mim o que eu aprendi, andando por aí... Lições as quais não posso esquecer... fizeram eu entender quem eu realmente SOU.

E eu sou sozinha. Não solitária. Sou sozinha. É diferente.

Meu caminho poucos sabem
Meus pensamentos não têm trilha certa
Minhas histórias ficam pendentes, sorridentes
Entre eu e Quem me escuta[ria].

Mas eu tenho que confessar...
Me faz falta um par de pernas que me acompanhe
Só para eu poder falar
Só para podermos olhar a mesma paisagem
Só para ouvirmos a mesma música
E aprendermos cada dia uma nova lição
Para eu poder ser compreendida como sou
Sem ser admirada só pelo que eu faço
Eu faço o que faço e vivo como vivo por razões
Razões da minha essência de ser...
Essência essa que eu queria alguém pra perceber

Egoísmo meu, querer ser assim?
Bobeira minha querer companhia?
Sei que me basta tudo o que tenho
Sei que me contento e já aprendi a viver satisfeita em todo momento
Mas é vaidade?
É necessidade?
É desejo?
Me sinto tola, me sinto boba,
Tão imperfeito
Esse meu jeito
Nesse meu jeito
De ser quem sou

Mas acho que não conseguiria ser diferente...

(desculpe-me a desorganização, os versos sempre me vencem... ganham da prosa, se me entendem...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário